Numa noite entre a fúria do silêncio e insónia,
o pensamento caminha devagar
naquela estrada misteriosa
que faz mergulhar no sonho.
Estranho, envolvente, penetrante e transparente,
sempre só, até que a meio da viagem,
o vento trás o eco de uma voz,
ainda que um pouco longe
ouve-se terna e agitada simultaneamente...
o pensamento caminha devagar
naquela estrada misteriosa
que faz mergulhar no sonho.
Estranho, envolvente, penetrante e transparente,
sempre só, até que a meio da viagem,
o vento trás o eco de uma voz,
ainda que um pouco longe
ouve-se terna e agitada simultaneamente...
Cingida pela distância,
apresso os meus passos
o caminho torna-se cada vez mais estreito...
Escura, começa a fazer o receio dominar
mas ao aproximar-me daquele som quase melodioso,
avisto deslumbramento na ternura dum olhar
quando me deparo com a criatura abandonada...
Abro a janela do medo e lentamente,
encontro-me junto a ela...
Olha-me com olhos doces, penetrantes,
como um quê de magia, abandono-me no seu feitiço,
deita-se nos meus braços e acalento-a...
Já sobre o meu colo a noite tornou-se serena,
as folhas do arvoredo perfumam o ar
que a suave brisa espalha...
O mar ali próximo, baila lentamente com as vagas
que acariciam a orla da praia...
Não há estrelas no céu,
mas poderosamente iluminado pela Lua
cheia e imponente, irradia espirais de luz...
que acariciam a orla da praia...
Não há estrelas no céu,
mas poderosamente iluminado pela Lua
cheia e imponente, irradia espirais de luz...
.......
Fathy Kard