Silêncios com ponta afiada de palavras amarram-se utopicamente. Combinação imprecisa aparta-se do meu efémero saber Luz subtil do porvir risonho. Frases pontos vírgulas em rimas como amparo de um nada Pacto com as palavras do feito sonhador. Consumindo o verbo alento considero lembranças No deparar do dia com a noite, ainda que nuvens ocultem o sol Trago a lucidez que desmorona o horizonte no encontro do beijo de um sonho, que acho em pensamento.
Os teus olhos trazem o mar até à minha porta e à memória cruzada dum tempo outro entre o riso e a espada. Entre a espera e a esperada. Nos teus olhos flutua o instante que se ganha que se perde e que o tempo suspende suportae atrasa que se espraia num mar entre o azul e o verde e em cada manhã chega à minha porta e entra resplandecente e manso pela casa.
Navego demoradamente pelas margens íngremes e escarpadas do teu corpo em busca dum rio de água doce. Do azul do teu poço. Dum abrigo. Dum porto profundo. É longa a jornada neste mar de tão duvidosas marés mas mesmo moribundo ao teu rio hei-de aportar e beber nele a água doce que tu és.
Nas asas de um rio Azul descansa um anjo na sua orla Suave calor de um sol onde emana ondas como braços invisíveis, Tocam seu corpo quase adormecido Suas mãos ao de leve a água rasam nesse seu rio dilecto
Gostar de ti é este silencio povoado de mil palavras. Gostar de ti é este fogo que ardenesta dor da distancia. Gostar de ti é este pássaro que me voa por dentro e só descansano beiral dos teus olhos. Gostar de ti é esta vontade de gritarque me sufoca. Gostar de ti é tudo sem ser nada é nada sendo tudo. Gostar de ti é antes de mais sussurrar doce e secretamente na concha do teu ouvido;
"Conheces aquele sitio entre o dormir e estar acordado... aquele sitio onde ainda te lembras em sonhar? É o sitio onde eu estarei sempre para te esperar...é o sitio onde vou sempre para te amar..."