terça-feira, 12 de janeiro de 2010
NAVEGO
Navego
demoradamente
pelas margens
íngremes e escarpadas
do teu corpo
em busca
dum rio de água doce.
Do azul do teu poço.
Dum abrigo.
Dum porto profundo.
É longa a jornada neste mar
de tão duvidosas marés
mas mesmo moribundo
ao teu rio hei-de aportar
e beber nele a água doce que tu és.
Fathy Kard/M.A.
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