sábado, 29 de agosto de 2009

G.UARDO I.NQUIETUDE O.CULTA



Pude o teu cinzento pintar
um leve sorriso volver

nesse teu coração alegrar
fechado com medo de sofrer

Queria poder te dar
mas nem devo sequer te prometer
o que perdeste poderei procurar

e com carinho te devolver

Não é meu direito te pedir
o que de bom teu coração tem
mas não deves de ti fugir
nem esconder o que tens de bem

Queria tanto poder ir

num sonho teu onde possas levar
essa dor em que te deixaste dormir
Ah...pudera ser esse Anjo, ter asas e voar

Não eram paixão, as palavras que falava
e amaciaram um pouco teu sofrimento
sentada fico no tempo em que estava

esperando-te a ti... e a um teu momento


Fathy Kard

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

NAMORADOS



Se um dia te disser: "Te amo"
será só de amar, sem noção nem palavras...

Se um dia te disser: "Te amo"

será fazendo-o em emoções e sentidos...
Apenas querer curtir
olhos nos olhos,
corpos nos corpos

Apenas querer ser amantes
só de amar, sem falar

sem medo das tuas verdades

nem fugir dos meus segredos
deixar sermos enfeitiçados

Se um dia nos dissermos : "Te amo"
que seja de amor e seremos namorados,
...arriscas?!...
(*_*)


Fathy Kard

SONHO OU ILUSÃO



Foi uma utopia ou um dissimular
temores e inseguranças desfizeram-se,

ao fender acesso de afeição que permaneceu aberto,
sem mundo lá fora, nada parecia ter importância...

Só de olhos nos olhos

minutos degustados mansamente, emoções admitidas...
Só de olhos nos olhos
beijos inacabados, toques leves circundantes,

guiando, corrompendo em ternuras,
ansiando mãos, desejando bocas,
esboçava um rosto com dedos na tela para decorá-lo,

em gestos tão simples... mas tão puros,
nesses momentos de magia
Compõem-se histórias de madrugadas,

mas logo o galo anuncia a aurora...

O momento do vazio, toma conta do espaço,
sensação de solidão ao cerrar a porta...
A despedida... dorida... sofrida...
o respirar fundo... olhar disperso,
gravo melancolia... desnudo saudade colorida
elijo a tua cor e a minha...
Hoje e eternamente tatuada,

guardo no meu corpo tons e digitais
do meu olhar que acompanha teus passos...
Um amanhecer contigo no meu regaço
foi o fascínio que sempre alindou o pensamento,

E PORQUE NÃO MORAS EM MIM
PARA SABERES O LUGAR QUE OCUPAS NO MEU CORAÇÃO,
jamais digas que fui utopia ou ilusão...

Fathy Kard

NÃO MAIS...



Não vou mais contemplar o mar
para te decifrar nas estrelas...

Não vou escutar mais a brisa

com a tua voz que me ensinou a esperar...
Não vou aquecer mais na fogueira
que ateaste com desejos de ti...
Não vou voltar,
às ondas que me fizeste navegar,

ao vento que me fizeste dançar,
ao fogo que me acendeste...
mas afinal foi o que sempre quiseste,
mareaste até à foz de outros oceanos,
como maré que vai e volta,
faço-te a vontade e retorno ao meu lugar,
deixo-te livre com o desejo
de que fiques bem
e que te desfaças na espuma do gozo
como quando o mar retorna ao seu lugar.


Fathy Kard

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O TEU 68º ANIVERSÁRIO


Hoje não estás aqui ao meu lado
para te poder dizer:
-Feliz dia pelo teu aniversário!

e depois te diria que te amo mais um ano
e por fim nos daríamos aquele nosso abraço...
Com o NOSSO AZUL te escrevo:
Sentir a tua falta é algo inexplicável
Tenho saudades
das nossas conversas

das nossas brincadeiras,
até das nossas discussões,
de tudo o que me ensinaste

de te ter ao lado mesmo quando eu estava errada
e depois me mostravas como corrigir,
das caminhadas que faziamos
os jogos de futebol que assistiamos

daquele filme que viamos e nos fazia chorar
Tenho saudades de ti... de nós
o orgulho quando me levavas
e acompanhavas à discoteca,

as minhas amigas roiam-se de inveja
e ficavam fascinadas
de te ver ali na pista ao meu lado

Tenho saudades até daquele dia
em que te foste embora de casa
e que tanto nos fez chorar aos dois antes de partires
Doiem muito as saudades que tenho de ti
mas estou certa,
que deves estar
num lugar previligiado no céu...
Só queria ter mais um dia que te pudesse ver,
e com o por do sol te voltar ouvir dizer:

-Já hoje te falei que te amo minha filha?

e eu como sempre te poder responder:
-Ainda hoje não te disse que te adoro Papá...

(BLUE IS STILL MY (OUR) COLOR




Fathy Kard

terça-feira, 18 de agosto de 2009

ESTÁS AQUI EU SEI...



De ti ficou um pouco,
do teu misterioso poder
numa voz mansa que sussurrou,

no sol que não aqueceu
na lua que não brilhou
na estrela que não cintilou
no mar que não ondulou

no fogo que não ardeu

na melodia que não tocou...
De ti ficou um pouco...
um pouco do nada que de ti ficou,

obrigado por tudo o que deixaste de ti...

Fathy Kard

DO QUE FUJO...



Fujo do irreal,
tão longe... ainda mais longe de mim...

Nem terra, nem água... perco amor, memória,
até do eco sem voz num chamamento que se dissipa...

Todos os gestos inúteis, sem cor, nem ornamento
até no som melódico das palavras...
Fujo de tudo,
e cada vez mais longínquo
sem calor...
o desejo irónico do ar que não respiro

mas até me envolve...
Ausência... apenas fujo,
vivo,
calada, indiferente e solitária,
solta num mundo infindo
em susbstâncias de um Anjo...

Fathy Kard

PROBLEMA DE EXPRESSÃO



Dizes-me que não tens a minha veia poética,
nem a inspiração das minhas palavras,
mas sei, tenho certeza que nas tuas atitudes
estás à altura do que te escrevo...
Dizes-me que faço poesia
cheia de palavras doces
,
mas sei, tenho certeza que os meus gestos
não estão à altura das letras que não sabes escrever...

Fathy Kard

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

PLUMAS



De mansinho te chegas com palavras
que são suaves como plumas,
acaricias os meus pensamentos
dando-lhe um toque ao de leve,
para que possa sentir na pele
aquele "soft" arrepio...
(Poeticamente falando)

Fathy Kard

sábado, 1 de agosto de 2009

DUAS MULHERES...OU TRÊS



Em friezas de uma tela
com a rigidez de teclas,
rimas e poemas pinto
com o que sonho ou não...

faço histórias, filmes, brinco,

Entre risos de brincadeiras mostro ou não vontade
e nada diz a mulher que sou de verdade...
Mas não quero com isto dizer
que o que escrevo seja mentira ou falsidade,

Até pode ser que chegue um dia
que sem teclas nem tela fria te possa falar,
com olhos nos olhos e entre alguma magia
leias a mulher que não quero dar...
Cedo-me ao direito de omissão
para que não diga toda a verdade do meu coração...
E se alguma vez me leste
foi com o veneno da tua sabedoria

rotulando-me de igual a outras
que na tela do teu espelho me vias...

Mas olha para o reflexo da tua imagem
sempre uma segunda vez
porque as tuas menos verdades
luzem cada vez mais alto nessa tua pequenez...
Se no fim deste quadro

pensas que duas mulheres sou,
estás muito enganado que não são duas... mas três,
E com o brilho desse teu olhar
que te cega esse teu tanto saber,
pintei o quadro que pensas enganar

da terceira mulher que nunca irás conhecer...

Fathy Kard