segunda-feira, 14 de setembro de 2009
FUI SÓ UM CONTO...
Era final de uma tarde de Verão
eu sentada no meu cadeirão
escrevia persistentes grafias
e em suave rumor
a tua voz chega ao céu...
A noite aproxima-se
e com ela um harmonioso silêncio
não encontro-me sozinha...
Seria...?!
Nada avistava
mas estavas aqui,
nada escutava
mas sentia-te,
num leve rasto...
num manso arfar...
Só eu e teu mistério,
aqui tão próximo
e simultâneamente longínquo...
Experimento alguma nostalgia,
onde estou...?!
O tempo imobiliza-se
e olho em redor,
contemplo beleza de peúgadas...
Chego perto,
muito perto
fitámo-nos em amenas quietudes
ouvimo-nos em desabafos...
A noite veste-se de tons claros
com a luz do teu olhar,
no alumiamento suplicas abraços,
nas minhas asas
elevámo-nos num voo
e fazes sentir-me poderosa,
não existiam mais distâncias
a separarem extremos...
mas era (foi)
tão somente um conto,
o conto
de um Anjo de uma asa só...
Fathy Kard
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Há passagens das nossas vidas, que embora pareçam reais, não passam de um conto...
Bjs
Saudade
Muito certas suas palavras Saudade...
E eu vou ficar aguardar muitos contos reais ou não da Saudade...
Acredite!
Agradeço a sua presença e palavras sempre simpáticas. Estou certa que regressará ao meu espaço Blue Dreams, para deixar ficar a marca da Saudade muitas mais vezes...
Abraço do Blue Angel cheio de Blue Dreams
Enviar um comentário