segunda-feira, 21 de junho de 2010

INÍQUO...
















Tento apaziguar a dor dos últimos dias,
como se de tudo nada mais restasse,
senão memórias esquecidas.
A luz ténue do sol
acalenta um pouco o cansaço que machuca,
quando cumplicidades se ousaram
e romperam implicitamente,
como folhas caídas de uma árvore no Outono,
espelhando-as pelo chão.
Vem minha tristeza como prece,
num entrelaçar de dedos
indagar gestos de ternura invalidados...
Quem sabe um dia,
seja a luz dos teus olhos que te guie
na estrada que escolheste
levada pelas palavras de outros olhares.
Afrontam... desafiam... atropelam...
vencem, iniquamente sem olhar a meios...
Silenciosamente me rendo,
guardando as letras que faltam,
na esperança do despertar de um amanhã,
brisas te envolvam e segredem murmúrios meus...

Fathy Kard

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